terça-feira, 4 de junho de 2013

Das greves isoladas à greve geral e de ocupação ativa

Das greves isoladas à greve geral e de ocupação ativa
Edmilson Marques

O capitalismo é acompanhado em toda a sua história por um embrião que ele próprio gerou. Embrião que tende a, uma ou outra hora, provocar o rebento contra a vontade de seu gerador. Este embrião a greve operária. Esta é um fenômeno complexo, sendo o resultado de múltiplas determinações, vista predominantemente como algo negativo, ruim, a causa de desordens para a vida na sociedade, por isso sempre reprimida pelos patrões e pelo estado. Mas, ao analisar o processo histórico das greves, observa-se que representa a expressão de luta de indivíduos descontentes com alguma questão que incomoda sua vida na sociedade.
Devido a essa dubiedade interpretativa em relação à greve é que buscaremos discutir a razão de ser da greve, assim como o porquê esta representa um embrião, e sendo um embrião, o que pode ser gerado daí. Enfim, buscaremos analisar algumas determinações existentes em torno das greves isoladas e a necessidade de sua passagem para a greve geral aliada à greve operária e de ocupação ativa. Assim, acreditamos esclarecer a razão de ser destas concepções apresentadas anteriormente.
Rosa Luxemburgo (2011b, p. 299) coloca que a greve “é o pulso vivo da revolução e, ao mesmo tempo, seu motor mais poderoso [...] é o modo de movimentação da massa proletária, a forma de expressão da luta proletária na revolução”. A greve é fruto da ação de indivíduos descontentes com alguma questão que dificulta a vida que levam na sociedade. As paralisações laborais pré-capitalistas são frutos deste descontentamento, e no capitalismo, expressa a sua ampliação e aprofundamento. Assim, “as diversas formas de paralisações da atividade laboral antes do advento da consolidação do capitalismo moderno são antecedentes históricos das greves operárias” (VIANA, 2008, p. 24).
A questão fundamental e razão de ser da greve, portanto, é a existência de modos de produção determinados pela divisão social do trabalho, ou seja, de sociedades divididas em classes sociais. E isso se dá porque em uma sociedade de classes sempre haverá uma classe que domina, oprime e explora outras classes; uma classe que desfruta de uma vida privilegiada (comida farta e boa, moradia confortável, etc.), que devido ao interesse de manter seus privilégios, submetem outros indivíduos à opressão e exploração, e por isso, os constrange a lutarem para transformar as condições deprimentes de sua vida, e uma das expressões desta luta é a greve, através da qual abre a possibilidade da emancipação histórica da humanidade. Como colocou Marx, “uma das formas mais comuns de movimento pela emancipação são as greves” (MARX, 2003, p. 119).


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